quinta-feira, 15 de julho de 2010

Escavação no Marco Zero de NY revela restos de barco do século XVIII



Embarcação estava sob o local onde ficava o World Trade Center. Local foi palco de atentado terrorista em 11 de setembro de 2001.

Da EFE, em Nova York
   Os homens que trabalham do "marco zero" do sul de Manhattan encontraram os restos de um navio de quase dez metros de comprimento que poderia ser do século XVIII e que teria sido afundado nessa área do sul da cidade, quando essa mesma foi ampliada em direção ao rio Hudson, informou nesta quinta-feira (15) o "New York Times".
  Os trabalhadores que retiram os escombros na área do marco zero se depararam com a embarcação na terça-feira. Os restos estavam enterrados a uma profundidade entre seis e nove metros abaixo de onde ficava, até 11 de setembro de 2001, o complexo do World Trade Center, construído na década de 1970, alvo de ataques terroristas que mataram 2.752 pessoas.
Pranchas do antigo navio são vistas nesta quinta-feira (18) no Marco Zero, em Manhattan.Pranchas do antigo navio são vistas nesta quinta-feira (18) no Marco Zero, em Manhattan. (Foto: AP)
O         Arquiteto Michael Pappalardo, da empresa AKRF, uma das contratadas pela autoridade portuária de Nova York e Nova Jersey para documentar os achados históricos que pudessem ser encontrados, disse que o navio poderia ter sido originalmente até dois ou três vezes mais longo do que a porção achada.
  Trata-se da maior descoberta arqueológica realizada nesta cidade desde 1982, quando foram localizados os restos de uma embarcação mercante do século XVIII nas obras da Rua Water, no sul da ilha.
   "A embarcação aparentemente data de meados do século XVIII e estava aí havia mais de 200 anos", assinala o jornal, que ressalta que os arqueólogos da cidade estão maravilhados pela importância do achado, muito perto de onde, segundo um mapa de 1797, havia um porto e onde se projetou construir um lago.
   Os analistas também disseram que têm de agir rápido para resgatar a embarcação, já que seu casco de madeira, ao não estar já protegido pela terra, se deteriora rapidamente no contato com o ar, por isso que está sendo recoberto de barro.
Arqueólogos observam o casco da embarcação nesta quinta (15).Arqueólogos observam o casco da embarcação nesta quinta (15). (Foto: AP)
A   ausência de sol e a chuva que afetam Nova York nestes dias, no entanto, favorecem a conservação da embarcação, disse  o arqueólogo responsável pelo patrimônio histórico nova-iorquino, Doug Mackey.
   Entre os restos, os trabalhadores do Marco Zero encontraram também uma grande peça metálica semicircular pertencente ao navio e um sapato de couro da época.
Fonte: G1

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