quinta-feira, 21 de abril de 2011

             HIGIENIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO NO RECIFE DO SÉCULO XIX
            Recife: uma cidade em processo de urbanização

              por Samuel Lima

O processo de expansão e urbanização do Recife, inicia-se a partir da década de 20 do século XIX, onde certos locais da cidade recebe um bom número de obras estruturais ou reformas em setores urbanos já em estado de obsolência. As primeiras obras do Recife neste século, foram aplicadas em setores de iluminação, ordenamento das casas e ruas, expansão em forma de aterro da Boa Vista, calçamentos, abastecimento através de encanação e saneamento básico.
O Recife décadas antes deste processo reestruturador, era uma cidade que padecia de problemas de abastecimento, iluminação pública de qualidade e outros fatores estruturais que uma cidade em pleno XIX precisava para melhora de vida de sua população.
Para tomarmos como ponto de partida desta analise, nos entrojetaremos em suas condições físicas e estrutrais para compreendermos melhor tal situação. As ruas do Recife - grande parte delas - inexistiam calçamentos em seu “leitos” ao ponto que, no periodo de chuvas ( de junho a agosto), ficavam alagadas prejudicando o transporte público e de mercadorias em suas ramificações. As casas eram catalógadas vulgarmente, as ruas recebiam nomes variaveis ditados pelo gosto popular, existia muitos becos e vielas que dificultavam o tráfego de transuentes e meios de transportes. A ilumminação pública baseava-se em luminarias, candeeiros e lamparinas abastecidos a vela, só pontos isolados da cidade recebiam iluminação pública, mesmo assim também abastecidas a luz de velas, as demais partes ficavam a cargo dos moradores de iluminarem a localidade. 
O abastecimento de água era feito por intermédio de canoas transportadas por escravos, as fontes de água que abasteciam a cidade, localizavam-se no Varadouro(Olinda), nas cacimbas de Ambrósio Machado (próximo ao forte das Cinco Pontas) e Lagoa do Prata  ( Dois Irmãos). A diculdade de abastecimentos na cidade nunca foi um fato novo, este problema durou por muitos séculos até a segunda metade do XIX, quando cria-se a Companhia de Abastecimento de Beberibe, tanto é que o preço do balde d’água sofria aumento de preço quase que sempre. 
O Saneamento básico era inexistente, os dejetos humanos eram jogados nos rio Capibaribe, nas ruas e nos becos. Quase que não existia latrinas. O trabalho de transporte dos dejetos era feito como sempre, por escravos, sendo estes chamados por alcunha de “tigres”. O transporte humano era feito através de “liteiras” ou de carroças, isto é, nas estações secas. Carecia a cidade de alguns prédios públicos para as funções administrativas, não existiam centros ou escolas de formação de educadores e nem centros de propagação das artes.
Porem, a partir da década de XX do século XIX- principalmente quando Recife recebe o título de cidade em 1823 -, passa a mesma, a receber um significativo impulso urbanizante. Neste primeiro tempo, a cidade recebe uma documentação régia para que suas ruas sejam iluminadas através de lamparinas e postes abastecidos á oléo de peixe ou de carrapateira, as primeiros locais iluminadas foram: a Rua Nova, o cais do Porto e depois certas partes do bairro de Santo Antônio. Antes desta data, só eram iluminadas certas áreas da Vila em ocasiões de festividades, geralmente acessas por três dias, pois a vila pagava imposto imperial a Capital do Império, então a cidade do Rio de Janeiro. Um ano antes de tal feito, a Vila inaugurava o Farol do Picão, erguido em 1822 ao dia um de janeiro.
Nas vésperas do natal do 1823, o governo da província de Pernambuco delega aos Engenheiros Jacob Niemeyer e Herculano de Moraes a missão de elaboração de um projeto para captação de água encanada para o Recife. Projeto entregue no dia 13 de janeiro de 1824 alegando que a tal empreitada deveria ser aplicada na captação das águas do Beberibe, Lagoa do Prata e Camaragibe, nascia já daí o futuro projeto de água encanada do Recife. Entretanto, a então recente cidade que acabara de tornar-se capital da província, ainda padecia agonizantemente de seus antigos problemas estruturais até finais da década de 30 (século XIX).
O maior impulso modernizador e urbanista que a então recente capital da província recebe, acontece no governo de Francisco do Rego Barros – 1838 a 1841, de 1841 a 1844. Em suas duas gestões o “Chico Macho” (como era popualrmente apelidado), empreendeu uma série de obras reestruturadoras e urbanizadoras na província de Pernambuco, principalmente na capital. Como forma de melhorar o sistema de abastecimento de água, coloca em prática o então projeto de funcionamento da Companhia de Beberibe, esta, entra erm funcionamento na década de quarenta. As fontes de abasteciemento localizavam-se na Lagoa do Prata, atual bairro de Dois Irmãos, a captação era feita por meio de bombeamento, e sua distribição era praticada por canos de cobre e de ferro, a água encanada em canos de ferro servia para o abastecimento de prédios públicos e residências, já o abastecimento através dos canos de cobre, era destinado aos chafarizes públicos, sendo estes localizados em pontos estratégicos da urbe recifense e de bairros adjacentes. O valor do balde d’água quase que manteve-se o mesmo que à décadas atrás. O transporte dos baldes de água era tarefa dos escravos domésticos e de negros de ganho, havia muitas reclamações dos senhores de posses do Recife sobre a demora, conversa e libertinagem dos negros nas filas para enchemento dos baldes de água nos chafarizes. Porem, mesmo com a Companhia de Beberibe abastecendo a região, os metros cúbicos por dias despejados no Recife eram insuficientes para o abastecimento da população.
No quesito iluminação pública, o Recife passou a obter um melhor sistema com a substituição dos postes abastecidos por óleo de peixe e de carrapateira pelo gás hidrogênio, algumas localidades dos bairros do centro e pontos estratégicos de importância econômica e social.
Em relação a normatização de ruas e casas, O “Chico Macho” manda aplicar números nas casas, batiza as ruas e calça algumas, e dá uma melhor forma de localização ao então bairro central, aterra partes no bairro da Boa Vista com vias de fato ao aumento de sua área territorial.
O primeiro centro de formação de educadores é criado em seu governo, esta medida visava capacitar educadores para a formação primaria na província, esta escola, em seu principio era ferqüentada somente por homens.
A educação superior chega à província na década de 20 com a criação da Faculdade de Direito do Recife, porém, a faculdade passa a ter prédio próprio na década de 70 do XIX.
Em 1840, inicia-se no Recife o projeto de construção de passeios públicos para a população que tanto reclamava, com a construção de praças arborizadas, jardins e parques. Projeta-se também a construção de um cemitério público para descentralizar a responsabilidade com os mortos, que era da Igreja Católica, sendo este construido no logradouro de Santo Amaro das Salinas, em um terreno parte doado por particular, e outra comprada pela provincia, apesar de iniciada sua construção em meados da década de quarenta do XIX, só é terminado em finais da década de 1850.
Em realação as artes, o Recife só contava com um teatro de expressão na primeira metade do XIX, e este era o teatro Apolo, construido em 1825 através do incentivo de um “comunidade” teatral existente neste período. No governo de Francisco do Rego do Barros, o mesmo, contrata por meio do erário público engenheiros e arquitetos franceses para algumas obras estruturais, uma dessas obras planejadas e a do Teatro Santa Isabel, e da Sede do Governo da Provincia. O Teatro ficou a cargo do Engenheiro Louis Vaultier, que projeteou sua planta em estilo Neoclássico. Porém, o teatro só ficou terminado no final da década de 1850, já com outro engenheiro assumindo a obra, o “secretário de obras públicas” José Mamede Ferreira, sendo este o finalizador do projeto do teatro. Entre as obras de Mamade Ferreira podemos destacar a construção de uma ponte pencil na Caxangá, o Hospital Pedro II, o Predio do Atual Ginásio Pernambucano, o melhoramento e construção do prédio da Alfandega e outras obras de infra-estrutura que agraciaram a cidade em sua gestão.
Como já fora dito a pouco, o transporte na cidade do Recife era praticado por meio de carroças e Liteiras. Só ocorre mudança neste modelo a partir da década de 1860, com a introdução de um transporte ferroviário ligando o centro da cidade as demais localidades adjcentes, era este o chamado Macha Bomba. Um classico exemplo deste modelo podemos observar  hoje em dia na Estação Ponte D’ Uchoa, no Bairro das Graças. Esta etação é o que sobrou das estações de transporte público que ligava os bairros do centro aos bairros periféricos, a Companhia responsável pelo transporte ferroviário era uma empresa estrangeira estabelecida na província. Os Machas Bombas só serão substituídos pelo bondinho puxado a burros da empresa Ferro Carril em meados dos anos 1870.
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Referências Bibliográficas
CARVALHO, Marcos de. Rotinas e rupturas do escravismo. Recife: 1822 a 1850.  
COSTA, Cleonir Xavier de Albuquerque & Aciolli Vera Lúcia Costa. José Mamede Alves Ferreira: sua vida e sua obra: 1820-1850.
REZENDE, Antônio Paulo. O Recife: História de uma cidade.  



O quebra-cabeça da escravidão

No Brasil da miscigenação racial, as relações entre os senhores e seus escravos eram muito mais dinâmicas do que se imagina

por Laurentino Gomes
No cemitério da Santa Casa de Porto Alegre, uma tumba do fim do século 19 oferece um desafio para os estudiosos da escravidão no Brasil. Ali estão depositados os ossos do barão de Nonoai, sua mulher e um casal de escravos. Na lápide de granito recém-colocada pela família durante a reforma do túmulo, os nomes dos escravos foram omitidos, mas seus restos mortais permanecem lá, anônimos, como um testemunho silencioso da peculiar relação que se estabeleceu entre senhores e cativos durante os quase quatro séculos de escravidão. Eles são a prova de que no Brasil da miscigenação racial portuguesa as relações entre opressores e oprimidos, apesar de muitas vezes cruéis, eram mais fluidas do que indica o senso comum. O desembarque, a compra e a venda de escravos fizeram parte da rotina brasileira entre os séculos 16 e 19. Nesse período, cerca de 10 milhões de cativos africanos foram transportados para as Américas. O Brasil, maior importador do continente, recebeu quase 40% desse total, algo entre 3,6 milhões e 4 milhões de escravos.
Quando a corte portuguesa chegou ao Brasil, em 1808, navios negreiros vindos da costa da África despejavam no Mercado do Valongo, no Rio de Janeiro, entre 18 mil e 22 mil homens, mulheres e crianças por ano. Ali permaneciam em quarentena, para serem engordados e tratados das doenças. Quando adquiriam aparência mais saudável, eram comercializados da mesma maneira como hoje pecuaristas negociam animais de corte no interior do Brasil. O tráfico de africanos era um negócio gigantesco. Incluía agentes na costa da África, exportadores, armadores, transportadores, seguradores, importadores, atacadistas que no Brasil repassavam “a mercadoria” para traficantes regionais. Os lucros eram astronômicos. Em 1812, metade dos 30 maiores comerciantes do Rio de Janeiro se constituía de traficantes. Um negro comprado em Angola, por 70mil-réis, era revendido em Minas Gerais por até 240 mil-réis. Os museus coloniais estão repletos de instrumentos pavorosos de suplício dos escravos. A punição mais comum era o açoite, nas costas ou nas nádegas. Há relatos de castigos com 200, 300 ou até 600 golpes de açoite. Para evitar infecções nas feridas, banhava-se o cativo com uma mistura de sal, vinagre ou pimenta malagueta.
Muito antes da abolição, já havia no Brasil um grande número de escravos libertos, chamados de "negros forros”. Alguns acumulavam dinheiro vendendo serviços nas cidades e assim conseguiam comprar a liberdade. Outros ganhavam a alforria por iniciativa de seus proprietários. A liberdade 
não significava melhoria de vida. No cativeiro, a manutenção dos escravos era regulada por lei. Seus  donos tinham a obrigação de alimentá-los e dar-lhes moradia e assistência mínima. A lei previa que, em caso de maus-tratos comprovados, o senhor poderia perder sua propriedade. Livres, no entanto, os negros ficavam entregues à própria sorte. Curiosamente, muitos alforriados chegavam a enriquecer e se tornavam proprietários de escravos e terras. Eram casos relativamente raros, mas a simples existência deles torna o mundo da escravidão no Brasil ainda mais surpreendente. O mais famoso é o da mulata Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva do distrito diamantino de Tejuco, em Minas Gerais. Chica nasceu escrava, mas conquistou sua liberdade em dezembro de 1753, concedida pelo 
contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. Embora nunca tenham se casado oficialmente, ela e João Fernandes mantiveram um relacionamento estável de 17 anos, período em que tiveram 13 filhos. Entre os bens de Chica havia um “significativo plantel de escravos”, segundo o historiador Ronaldo Vainfas. A miscigenação racial, uma das características mais notáveis da colonização portuguesa, fez com que os contatos entre opressores e oprimidos fossem freqüentemente permeados por relações familiares e afetivas.

Ao lado das chibatadas que vergastavam de forma cruel as costas dos cativos, havia também relações fraternas que se perpetuavam por toda a vida, ou mesmo além dela, em tumbas compartilhadas ou sobrenomes e descendências que se entrelaçaram ao longo de muitas gerações. Um caso exemplar é do estancieiro gaúcho João Pereira de Almeida. Ele era senhor de um grande plantel de escravos, mas costumava tratar seus cativos de forma branda. Na segunda metade do século 19, sensibilizado pela onda abolicionista, tomou a iniciativa de conceder a liberdade a todos eles. A atitude impressionou o imperador Pedro II, que o agraciou com o título de barão de Nonohay – grafia que, 
posteriormente, foi modificada para Nonoai, hoje nome de um município na região da antiga propriedade do fazendeiro. Dois desses escravos recusaram a condição de libertos. É esse o casal que hoje divide a tumba do barão na capital gaúcha. Depositados lado a lado, os ossos dessas pessoas são também um advertência silenciosa de que, ao estudar História, é preciso fugir à tentação do maniqueísmo, que classifica seus personagens entre vilões e mocinhos, sem levar em conta as peculiaridades de cada época.

SAIBA MAIS
LIVROS 
O Feitor Ausente: Estudos Sobre a Escravidão Urbana no Rio de Janeiro – 1808-1822, Leila Mezan Algranti, Vozes, 1988 Tese sobre a escravatura no século 19.
Em Costas Negras: Uma História do Tráfico Atlântico Entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX), Manolo Garcia Florentino, Arquivo Nacional, 1995 Apresenta o tráfico do ponto de vista dos africanos.
Homens de Grossa Aventura: Acumulação e Hierarquia na Praça Mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830), João Luís Ribeiro Fragoso, Arquivo Nacional, 1992. Estudo das relações econômicas do Rio de Janeiro colonial.
A Vida dos Escravos no Rio de Janeiro: 1808-1850, Mary Karash, Companhia das Letras, 2000. Ampla investigação da vida dos cativos na capital do país.
Campos da Violência: Escarvos e Senhores na Capital do Rio de Janeiro 1750-1808, Silvia Hunold Lara, Paz e Terra, 1988. Analisa o relacionamento entre proprietários e escravos.
Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808), Ronaldo Vainfas (org.), Objetiva, 2001. Descreve os hábitos públicos e privados do Brasil Colônia.
Fonte:Aventuras na História

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cientistas acham ossos de possível homem pré-histórico homossexual
Esqueleto masculino encontrado na República Tcheca foi enterrado segundo ritual destinado às mulheres.


Da BBC 


Cientistas tchecos escavaram o que acreditam ser o esqueleto de um homem pré-histórico homossexual ou transexual que viveu entre 4.500 e 5.000 anos atrás.
A equipe de pesquisadores da Sociedade Arqueológica Tcheca constatou que os restos - retirados de um sítio arqueológico neolítico em Praga - indicam que o indivíduo, de sexo masculino, foi enterrado segundo ritos normalmente destinados às mulheres.
Homem homossexual pré-histórico 1 (Foto: Sociedade Arqueológica Tcheca / via BBC)
Local onde o esqueleto do homem pré-histórico supostamente homossexual, revelado pela arqueóloga Katerina Semradova. (Foto: Sociedade Arqueológica Tcheca / via BBC)

A arqueóloga Katerina Semradova disse à BBC Brasil que o enterro "atípico" indica que o indivíduo encontrado fazia parte do "terceiro sexo", provavelmente homossexual ou transexual.
"Trabalhamos com duas hipóteses: a de que o indivíduo poderia ter sido um xamã ou alguém do terceiro 'terceiro sexo'. Como o conjunto de objetos encontrados enterrados ao redor do esqueleto não corroboravam a hipótese de que fosse um xamã, é mais provável que a segunda explicação seja a correta", disse Semradova.
As escavações foram abertas ao público nesta quinta-feira e a visitação tem sido intensa.
Os restos são de um membro da cultura da cerâmica cordada, que viveu no norte da Europa na Idade da Pedra, entre 2.900 a.C e 2.500 a.C.
Homem homossexual pré-histórico 2 (Foto: Sociedade Arqueológica Tcheca / via BBC)
Utensílio doméstico encontrado junto à ossada em Praga. (Foto: Sociedade Arqueológica Tcheca / via BBC
 Neste tipo de cultura, os homens normalmente são enterrados sobre o seu lado direito, com a cabeça virada para o oeste, juntamente com ferramentas, armas, comida e bebidas.
As mulheres, normalmente sobre o seu lado esquerdo, viradas para o leste e rodeada de jóias e objetos de uso doméstico.
O esqueleto foi enterrado sobre o seu lado esquerdo, com a cabeça apontando para o oeste e cercado de objetos de uso doméstico, como vasos.
"A partir de conhecimentos históricos e etnológicos, sabemos que os povos neste período levavam muito a sério os rituais funerários, portanto é improvável que esta posição fosse um erro", disse a coordenadora da pesquisa, Kamila Remisova Vesinova. "É mais provável que ele tenha tido uma orientação sexual diferente, provavelmente homossexual ou transexual."
Homem homossexual pré-histórico 2 (Foto: Sociedade Arqueológica Tcheca / via BBC)
Utensílio doméstico encontrado junto à ossada em Praga. (Foto: Sociedade Arqueológica Tcheca / via BBC)Fonte: G1





Esqueletos de manicômio do século 16 são descobertos em Londres

Antigo hospital psiquiátrico existia no atual centro financeiro da cidade

Da BBC

Arqueólogos descobriram no centro de Londres esqueletos de vários pacientes do século 16 de um antigo hospital para doentes mentais. A descoberta ocorreu na Liverpool Street, centro financeiro da cidade, onde ficava o antigo hospital de Bethlehem, conhecido no passado como Bedlam.
Considerada a mais antiga instituição psiquiátrica do mundo, o hospital foi fundado em 1247. A instituição mudou-se da Liverpool Street séculos atrás, e hoje está na região de Bromley, próxima de Londres.
A descoberta dos esqueletos ocorreu quando arqueólogos examinavam o terreno antes de dar início a escavações do metrô. "Sabemos por meio de pesquisa que este é o cemitério do St. Bethlehem da época pós medieval", disse Jay Carver, um dos arqueólogos.
Temos três escavações ocorrendo lá atualmente para estabelecer quem está enterrado, e que providencias devem ser tomadas para garantir que os restos humanos sejam recuperados da maneira correta, estudados e enterrados novamente", disse ele.
"Esperamos que a análise dos esqueletos nos diga algo interessante sobre as pessoas enterradas aqui, como por exemplo, quais as causas de suas mortes", completou.
Calcula-se que ossos de milhares de pessoas possam estar enterrados no local.
Fonte: G1