quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Operação Barbarossa: a invasão da Wehrmacht a URSS, 1941 (parte II)

As intenções de Hitler de capturar Moscou a partir da junção de seus efetivos militares do Norte e do Sul, só tomaram fôlego de ação em meados de novembro de 1941.

por Samuel Lima


   A nova operação nazista, Operação Furacão, foi retomada com a melhora do tempo em novembro de 1941. A Wehrmacht inicia o avanço sobre neve e trilhas ainda congeladas com ímpeto e força. Nas primeiras semanas alcançam o Rio Olka no sul de Moscou e o canal do Rio Volga no norte. Nesta mesma semana, conseguem capturar uma estação de terminal de sistema de bondes de Moscou. Porém, o fator clima volta a assolar e prejudicar as iniciativas das tropas alemãs levando novamente a terem que diminuir suas ações.
   Já bem estruturados e preparados desde a pausa dos primeiros combates, o alto comando soviético possuía uma força estrategicamente montada formadas por 25 divisões de soldados siberianos bem armados, protegidos com uniformes adaptados ao clima invernal e treinados para atacar com esquis. No mês de dezembro, com a temperatura batendo o termômetro nas escala de 40°c negativos, as forças soviéticas mais preparadas para a situação climática em que se encontrava o teatro de guerra, consegue repelir o ataque nazista e salvam Moscou de ser invadida e capturada por Hitler. O Marechal Jukov conseguia frear e vencer em nome do Vodz as tropas de Hitler.
   Os fatores primordiais - além da situação climática, do atraso da ação da Wehrmacht para programar os estágios finais da Barbarossa e da inconstância de Hitler em suas ações-, são a logística soviética em relação à alemã - o exercito soviético possuía uma força de reserva material e humano muito maior que a alemã e possuía seis ferrovias para o seu transporte. Já a Wehrmacht possuía poucas reservas humanas e materiais para a complementação da operação e só uma linha férrea para transportar seus exércitos - e a participação da ação da inteligência soviética, que foi de primordial importância no que diz respeito às ações defensivas de Stalin e o contra-ataque soviético. No inicio da Operação Barbarossa, a espionagem soviética em Tóquio tinha alertado sobre os planos de Hitler para a implementação da operação de invasão da URSS, mas Stalin ignorou. Quando a espionagem alertou que o Japão não apoiaria as iniciativas alemãs para atacar a URSS, Stalin então pode solicitar a ação das forças soviéticas estacionadas na Sibéria e nas fronteiras orientais como reforço para derrotar a iniciativa alemã. Tanto que, estas reservas orientais passaram despercebidas pela Wehrmacht e foram decisivas para impedir os planos de Hitler e empurrar pra trás da área em que haviam começado sua ações há dois meses. Com isso, a campanha de ataque rápido em conciso alemão de invadir e conquistar a URSS estava desarticulada.

Algumas imagens da Operação Barbarossa


 
Caça Soviético Polikarpov I-16 abatido ainda no solo pela força aérea alemã, 1941 



Aquecedor improvisado feito com lonas e usando motores de caça aéreo pelas forças alemãs na Operação Barbarossa
 
 
 

Infantaria da Wehrmacht machando na neve em plenos combates
 
 
 

População de Moscou cavando trincheiras anti-tanques nos arredores da cidade




Caça Junkers JU87D Stukas da Luftwaffe estacionados na neve devido ao mal tempo, 1941


Um BF109 do II JG54 é reabastecido no inicio da Operação Barbarossa sobre os olhares de Dietrich Hrabak e Hans Phillip (com óculos), 1941



soldados alemães avaçam sobre o cáucaso, 1941



Um Junkers JU52 preparando-se para abastecer tropas cercadas em Demyansk, fevereiro de 1942

 

um caça alemão BF 109 F do lado de um caça soviético Polikarpov I-16, 1941
 
 
 

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