quarta-feira, 28 de abril de 2010

A educação Jesuítica no Brasil colonial - parte final

Ao chegarem as terras Luzas na América, os Jesuítas não só trataram de educar os Gentios bárbaros em sua educação religiosa, também, voltavam suas doutrinas educacionais religiosas para os meninos do Brasil Quinhentista, principalmente meninos filhos de portugueses instalados e nascidos aqui no Brasil.

Por Samuel Lima

   A aplicação das doutrinas educacionais aos curumins, não só ficavam restritas ao catecismo dialogado e nem ao método de ler e escrever. Ensinava-se também, alguns ofícios e profissões necessárias ao contexto sócio – econômico do Novo Mundo, sendo estas: A Prática Agrícola, a Marcenaria e a Ferraria, de modo que os meninos índios ao entrarem em um terreno diferente do seu, estariam preparados à adaptar-se a este sem muitas dificuldades, e também servir com estas funções as necessidades da Igreja e de suas obras. Também utilizavam-se do teatro para educar os meninos índios e ensinar-lhes noções de pecado e moral de forma à repugnar-lhes os hábitos.
   Apesar de toda à dedicação ao processo de educação dos meninos, os Padres sempre reclamavam que mesmo os Curumins aprendendo os bons costumes e as práticas da Fé, estes desviavam-se facilmente delas ao alcançarem a adolescência e, passavam a praticar os mesmo costumes repugnáveis e bárbaros de seus pais. E que para tal solução deste mal, deveriam aplicar punições aqueles que desviavam-se da doutrina educacional. Entretanto, este fato acontecia quase que com freqüência. Quando ocorria certas atitudes consideradas erradas aplicavam o castigo do tronco, sendo este praticado com aplicação de algumas chibatadas para corrigir o tal erro dos infratores.
   Toda esta pratica punitiva aplicada aos erros dos alunos, era de costume adotada nas escolas e seminários, e não nos núcleos educacionais dos aldeamentos, tendo em vista a qualquer reação  negativa dos pais dos meninos a tal ato, já que eram este o sustentáculo de proteção da Companhia nos Interiores do novo mundo em relação ao ataque de tribos não aliadas dos portugueses.
   Por fim, este modelo de educação visava não só ao ensinos e bons costumes dos meninos do Brasil Quinhentista, mas também, salvaguardar as bases doutrinarias da Companhia de Cristo no Brasil, e o suporte para tal empreitada era os meninos do Brasil Quinhentista que uma vez escolhidos e levados para o seio da Instituição unia-se à um só corpo, o corpo da Fé do colonizador que deturpava as bases sócias e culturais das tribos em detrimento de seus desejos de perpetuação no novo mundo.



























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